segunda-feira, 21 de março de 2011

Planejamento da Gravidez: Prolactina

Minha prolactina está elevada, a taxa está em 58, o normal é até 26...estou fazendoum tratamento homeopático, com Lutene pra ver se diminui...se não der jeito, mas creio que dará...vou tomar um medicamento alopático mesmo!

Informações sobre a Prolactina

A prolactina (LTH) atua sobre as glândulas mamárias, estimulando seu crescimento e a produção de leite. Esse hormônio é produzido durante a gravidez e, após parto, durante a amamentação. A continuidade de sua produção depende de estímulos nervosos produzidos pela sucção da mama.

A prolactina, ou hormônio lactogênico é uma glicoproteina secretada pelas células mamotróficas da adeno-hipófise, presentes tanto no sexo masculino como no sexo feminino, sendo mais numerosas nas mulheres. A prolactina atuando em sinergismo com a progesterona e o estrógeno promove o crescimento e funcionamento das glândulas mamarias.

A prolactina, tem importante papel na estimulação da produção de leite pelas mulheres durante a fase pós parto, mas sua função no homem é desconhecida.
A secreção de prolactina é estimulada pela gravidez, amamentação e manipulação das mamas, sono, stress, oxicitocina e outros fatores. Ela pode ser inibida por dopamina, somatostatina e de outros; também existe um feedback negativo em que a própria prolactina inibe a secreção de mais hormônio via aumento da produção e liberação de dopamina.

A influencia mais importante sobre a secreção de prolactina consiste na combinação de gravidez, estrogênios e aleitamento. Em conformidade com seu papel essencial na lactação, a secreção de PRL aumenta uniformemente durante a gravidez até atingir 20 vezes os níveis plasmáticos habituais.

A secreção de PRL aumenta à noite e em associação a estresses significativos. O significado funcional dos níveis aumentados de PRL nessas situações permanece obscuro.

Dentre os hormônios adeno-hipofisários, a PRL é peculiar em virtude de sua secreção ser predominantemente inibida por fatores hipotalamicos.

Drogas que elevam os valores de Prolactina érica:
· Estrogênios
· Anti – Hipertensivos
· Fenotiazinas
· Anti – Depressivos Tricíclicos
· Haloperidol
· Meti – Dopa
· Butirofenonas
· Cimetidina
· Reserpina
· Obs: prolactenemia normal não afasta a possibilidade de Tumor Pituitário

Causas de elevação da Prolactina:
· Gravidez
· Lactação
· Pós – parto
· Oforectomia Bilateral
· Hipotireoidismo
· Lesões Hipotalâmicas


Causas de diminuição da Prolactina:
· Doenças que destroem a Hipófise

Dosagem de prolactina
Deve ser solicitada em todas as mulheres não grávidas com queixa de galactorréia, distúrbio menstrual (oligomenorréia, espaniomenorréia e amenorréia) ou infertilidade.
A coleta deve ser realizada pela manhã, cerca de 2 a 3 horas após o despertar, em jejum, na fase folicular do ciclo menstrual quando este estiver presente, uma vez que muitas condições fisiológicas elevam sua dosagem (alimentação, sono, exercício físico, coito, gestação, etc.).
Por ser estimulada pelo TRH, deve-se realizar ainda dosagem do hormônio tireotrófico (TSH). No hipotireoidismo primário pode-se observar elevação dos níveis de prolactina.
Em mulheres com hiperprolactinemia e hisurtismo, vale lembrar que é possível estimular a síntese de androgênios pela supra renal.

Estudo Radiológico
A avaliação radiológica da sela túrcica pode ser feita através de Raio-X simples, tomografia computadorizada (CT) e ressonância magnética e visa o diagnóstico diferencial entre a hiperprolactinemia funcional e a secundária a tumores de hipófise produtores de PRL (microadenomas quando = a 1 cm e macroadenoma quando > 1 cm) ou secundária compressão por outros tumores de menor incidência (craniofaringeoma, pinealoma, etc.).

Temos solicitado a CT quando obtemos níveis de PRL = 100mg/ml, pois é freqüente a presença de tumores abaixo deste nível. A ressonância magnética, embora forneça avaliação mais precisa da sela túrcica, devido ao seu auto custo, fica reservada para casos duvidosos ou não conclusivos à CT.
O Raio-X simples avalia a sela túrcica e não a hipófise, mostrando-se alterado apenas nos grandes adenomas, com deformidade de estrutura óssea. Assim, este exame pode ser utilizado em locais que não disponham de CT, para diagnosticar grandes tumores ou ainda quando as manifestações clínicas são exuberantes e o nível de PRL não é muito elevado, com intuito de, na presença de microcalcificações, suspeitar-se de craniofaringeoma, que pode comprimir a hipófise, causando tais sintomas.

Tratamento
Após a normalização da PRL, reavaliação a cada 4-6 meses. A critério clínico, nos casos de hiperprolactinemia funcional e em microadenomas hipofisários, pode-se retirar o medicamento 6 meses a 2 anos após o PRL normal.
Tratamento cirúrgico – fica reservado para os grandes adenomas que ano respondam bem ao tratamento medicamentoso ou quando há compressão de outras estruturas.
Radioterapia – raramente utilizada. Sua indicação restringe-se a tumores não completamente ressecados durante a cirurgia e com má resposta ao tratamento clínico.

Hiperprolactinemia e gestação
Após a confirmação do diagnóstico da gravidez, pode-se retirar o medicamento utilizado no tratamento da hiperprolactinemia funcional ou por microadenoma de hipófise, uma vez que são pouco freqüentes complicações decorrentes da interrupção do tratamento. A amamentação também não está contra indicada.
Nos macroadenomas de hipófise, não há consenso quanto à conduta a ser adotada. Temos optado pela manutenção do tratamento e contra indicado a amamentação.

Fonte:http://www.drashirleydecampos.com.br


Um comentário:

Paula Alessandra disse...

Oi Dani! Que bom que voltou! Vamos que vamos agora hein? Projeto mamães 2012! rsrs
bjnhus